segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Zonas de (des)conforto

"Sandra, imagine que vai trabalhar para longe e terá de dizer ao seu namorado que se irá separar dele. Sabe que é uma situação com a qual ele não concordará. Convença-o de que será o melhor para a vossa relação. Improvise."

Assim começou um dos momentos que se viria a revelar antológico na minha vida.
A nossa vida é repleta destes momentos, que seriam iguais a tantos outros, mas que afinal marcam a diferença, o pulo, a coragem, o desconforto. Pouca coisa válida acontece na nossa zona de conforto.
Até na dança todo o movimento é muito mais bonito quando saindo dessa zona. Ir sempre mais além.

Isto a propósito de desafios que nos lançam ou que lançamos a nós próprios. E que nos fazem balançar: conseguirei?; serei capaz?; não me vou expor em demasia?;
E quando seguimos em frente, mesmo não conseguindo os resultados desejados, de uma maneira geral não nos arrependemos.
Assim foi quando:
* Optei pelo meu curso de turismo. Grande luta cá em casa.

* Enfrentei a minha imensa timidez e objecção familiar e resolvi fazer um pequeno curso de formação teatral. Que grande vitória sobre mim foram aqueles meses, com uma boa classificação final e o melhor dos bónus: uma amizade para a vida.

* Preparava a cena da peça final do curso de teatro. Nem constava do guião e transformou-se numa das cenas mais apreciadas da peça.

* Decidi entrar em dança. Tantas Sandras foram surgindo. Tantas amizades nasceram.

* Quando mudei de emprego e regressei a Aveiro.

* Me apaixonei e me deixei ir (tão aventureiramente em alguns casos), sempre acreditando no Amor.

Dentro de pouco tempo estarei de novo em palco. E ainda que todos os anos conviva com ele,  desta vez sinto-o como o meu próximo grande desafio. E deste desafio outros surgiram. Obriga-me a ir às minhas entranhas. Não é uma imagem bonita, mas sinto-o assim. E tenho de dançá-lo assim.
Porque também surge de um voto de confiança.
E a confiança que depositam em nós é sempre um desafio tremendo.

sábado, 17 de agosto de 2013

Aventuras Escritas

Este blogue, ele próprio, é uma aventura.
Nem sei se sobreviverá.
Não será um relato de aventuras, de coisas e situações aventureiras, fora do comum.
É o próprio acto de escrever que será uma aventura... porque não tenho a certeza de nada, nem se o que escrevo valerá alguma coisa.
Apesar de todas estas dúvidas, espero que seja agradável à leitura.
Ninguém cria nada sem a expectativa da estima dos outros.