segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Um mundo de pequenas coisas boas

A 17 de Agosto de 2013 começou esta aventura.
Alguma referência tinha de lhe fazer porque foi um projecto de amor-próprio.
Não foi uma passa no reveillon 2012, não era um objectivo para 2013.
Mas surgiu a ideia, quase do nada, incentivada por alguns amigos.
Estou feliz com este cantinho de escrita, muito meu e outro tanto vosso.
Obrigada por me lerem. Por lhe darem vida.

Há já alguns anos que não faço lista de desejos para o Ano Novo. Por desânimo, por descrédito, por falta de vontade e, por fim, para ver o que o ano novo me reservava. Se pedindo não me era dado, então deixa experimentar não pedir...
Acima de tudo o réveillon era mais uma ocasião para estar com pessoas que gostava. Parece que a vontade esperançosa num mundo melhor saía mais reforçada... e regada :).
Muita coisa boa nos acontece sem a planearmos e esperarmos. E se há objectivos que não se cumprem, outros nascerão no lugar dos ausentes. Quem sabe até melhores.
Amanhã, último dia do ano, vou até ao mar, num cantinho entre ondas e areal, ler os meus momentos felizes que fui colocando num frasco para mais tarde recordar. Sei que vou sorrir tanto...
Será a minha reflexão de esperança para 2014. Se houve momentos maus também os houve bons e são esses que quero recordar num ano de expectativas furadas.
Somos muito mais felizes do que imaginamos e sentimos.
Acho que é esta a minha grande conclusão/lição em 2013. Basta estar atento. Ser dado. E acarinhar.
Fiz novas amizades, reforcei outras, dancei, ninguém me morreu, estou de saúde e tenho trabalho. Gostam de mim. Nos intervalos disto tudo, um mundo de pequenas coisas boas me aconteceu. Só posso ser uma grande felizarda.
A vocês, desejo-vos Amor. Com Amor tudo (melhor) se suporta. Acho.
Não nos iludamos, a tristeza é parceira da alegria. 1 de Janeiro é a seguir a 31 de Dezembro e antes de 2 de Janeiro. A mudança não se dá em datas, mas em instantes. Que os vossos sejam muito felizes e que se apercebam deles.
Façam alguém feliz.
Amem e sorriam. Muito. Para alguém. Com alguém. Por causa de alguém. Por tudo. E por nada.


                                                       Eu vou tentando :)




sábado, 28 de dezembro de 2013

Somos nada.

Somos nada.
Somos muito, muitas vezes tudo para alguém. No entanto, somos nada.
Num instante, naquele segundo, a vida vai-se. E não sabemos as razões do arbítrio da vida. Ou será da morte?
Decidimos alguma coisa? Não decidimos rigorosamente nada?
Somos nada.
Não entendo a razão das mortes que parecem fora de contexto.
Quem prefere abdicar da vida tem as suas razões, serão sempre corajosos para mim.
Mas e os que ainda amam a vida? Porque morrem inexplicavelmente?
Que significado para o universo (?)  tiveram as pessoas que morreram de repente, sem razão aparente? Que foram assassinadas? Que sofreram acidentes mortais? Que morreram em situações completamente estúpidas? Que morreram de fome? Que morreram por falta de cuidados de saúde? Que morreram por negligência médica? Que morreram por uma doença vinda do nada e que não queriam?
Para que nascem se vão ter uma morte sem aparente significado? Como se a vida deles não fosse suficientemente válida para ficar cá mais uns anos...
Porque morrem os bons? E porque vivem tanto tempo pessoas completamente dispensáveis?
Ceifam-se vidas que sorriem para a Vida e que fazem tanta falta por cá.
Não quero mais estrelas no céu, já bastam as que lhe pertencem naturalmente.
Quero as estrelas na terra, as que nos dão ânimo para acreditar num mundo melhor, as que nos dão alento para vencer batalhas sem fim numa guerra que desde o nascimento está perdida.
Somos nada.
E talvez seja por isso mesmo que devamos fazer algo bom e válido por nós e pelos outros enquanto por cá andamos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Reza a lenda...

... que Spencer Tracy já estaria gravemente doente e que as lágrimas de Katherine Hepburn não faziam parte do guião.
 
 
Katherine Hepburn, que amou profundamente Spencer Tracy e com quem viveu uma belíssima e conturbada história de amor, emocionou-se às lágrimas com esta cena.
 
Das minhas cenas favoritas em todos os filmes que eu já vi.
Não só pelo texto muito bem escrito, pela fantástica mensagem que deixa, mas porque aquelas lágrimas me deixam paralisada de cada vez que revejo a cena. Admito que talvez imbuída no espírito da lenda.
Ao minuto 5:50, o olhar trocado entre eles trespassa a ficção and goes straight to their hearts.
 
Não acredito que haja alguém no mundo que não anseie por uma comunhão desta natureza algures na sua vida.
Acredito que seja isso que mova até a mais empedernida e desiludida pessoa na terra.
Abençoada a pessoa que já o sentiu e o pôde viver e que soube que o sentiu e o viveu.
 


sábado, 14 de dezembro de 2013

Parar para

Há desenhos, fotografias que nos fazem parar... para pensar, para sentir.
Simplesmente nos captam a atenção, seja porque as achamos belíssimas, porque nos intrigam, porque não as conseguimos decifrar, porque as repelimos.
Pela razão que for, fazem-nos parar. E isso vale muito.
Hoje foi esta.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cartas de Amor

Pelo Natal há um cd que me acompanha todos os anos, invariavelmente.
Não o ouço em mais altura nenhuma. Talvez seja tão especial por isso.
E ao som de "Amazing Grace", "Ao Sul", "Perdidamente" faço a minha caminhada nostálgica.
Por vezes melancólica, por vezes feliz.

(Um segredo, ssshhhhhh... Vão para a vossa divisão preferida da casa; na penumbra; de olhos fechados ou debruçados na janela a apreciar a calma da noite e ouçam... Amazing Grace
Beijinhos. Fiquem bem... e boa noite.)




domingo, 8 de dezembro de 2013

Selfie

Actualizado em 11/02/2018.
Porque mudamos, ainda que não percamos a essência do que somos.

Não tenho o dom da palavra, mas valorizo cada palavra.
Não me despeço com beijos ou beijinhos só porque sim, mas porque realmente beijo.
Sou tímida, insegura, envergonhada e o meus outros eus vou-os mostrando quando me sinto confiante.
Sou marota, brincalhona, palhaça, macaquita.
Entorno copos.
Perita em "bocas" cáusticas saídas do nada.
Demasiado responsável.
Não anseio grandes bens materiais porque não me fazem feliz.
Não sou apologista de amor e uma cabana, mas os alicerces de uma casa são os afectos. O pai tem que gostar da mãe e mostrá-lo aos filhos... Amor não é só apalavrado, é gesto, atitude, carinho espontâneo.
Fico sem acção perante um elogio, dificuldade que tenho vindo a aprender a contornar.
Ainda coro.
Tenho cócegas.
Sou distraída.
O mar traz-me paz e contemplação.
Gosto da liberdade das ondas, mas tenho medo delas.
Adoro vento, água, lagos, rios, espaços abertos, folhas.
Abomino a mentira.
Bacalhau com natas é um dos meus pratos favoritos, assim como as batatas de qualquer assado.
Uma das minhas palavras favoritas é sabedoria.
Brincava aos pais e filhos, mas nunca tive o desejo de ser mãe. Coisas que tu antecipas mesmo não o sabendo.
Gosto de flores campestres, campos floridos, florestas, mas tenho medo de bichos.
Ainda que possa ter medo, adoro animais.
Detesto filmes de terror, vejo-os entre os dedos e mal.
Estou cada vez mais medrosa.
Morte (minha e dos meus) é um assunto que me aterroriza.
Sou friorenta.
Gosto muito de cães.
A bondade no rosto é uma das coisas que mais aprecio ver nas pessoas.
Gosto de balancés.... de andar descalça... de sussurrar... de entrelaçar pernas....
Gosto do aconchego do peito de um homem... que me façam festas no cabelo.
Uma das minhas maiores qualidades é saber colocar-me no lugar dos outros, o que me faz ser excessivamente tolerante.
Dou regularmente o benefício da dúvida. Não me livro das críticas inerentes a tal, o ser apelidada de "politicamente correcta".
Continuo a acreditar nas pessoas até prova em contrário, apesar de algumas desilusões/lições bem dolorosas.
Detesto sofrer... envelhecer.
Tenho amigos de todas as idades... fico enternecida quando me procuram para os confortar.
Dualidade coração/razão é comigo. Até à exaustão...
Dança, cinema, teatro estão-me no ADN.
Amo tertúlias.
Gosto de surpreender com miminhos e carinhos.
Com a idade fui-me tornando desorganizada.
Os desafios dão-me medo, mas também vontade férrea de os ultrapassar.
Sou desconfiada.
Romântica envergonhada (...íssima)
Adoro viajar.
Daria uma excelente carpideira profissional.
Os meus lutos de amor duram mais que o próprio sentimento a dois (?). O que é uma perda dupla exasperante: o amor e o tempo perdido nesse desgosto.
Tenho um bom radar para descobrir amigos.
Admiro as pessoas que fazem parte da minha vida, mesmo algumas presentes só virtualmente.
Sou dedicada.
Confiança é fundamental para mim.
Quero acreditar que só tenho pitadas de ciúmes, perfeitamente controláveis.
Encanto-me perante uma boa escrita e excelente sentido de humor.
Emociono-me com trailers de cinema.
Dançar é um prazer desmedido.
Lido mal com as minhas falhas.
Tenho uns pés lindos.
Sou perfeccionista.
Detesto arranjinhos.
Sinto-me gata enjaulada quando me sinto pressionada para fazer algo que não quero.
Não acredito em amor, mas sim em atração à 1ª vista. Reparo nos olhos, voz e mãos... e rabo.
Mas é o que falam e como falam que me desperta a atenção redobrada.
Acho piada em conhecer virtualmente homónimas. Tenho duas no meu facebook e gosto muito delas.
Uma grande parte das minhas amigas mais próximas são aquarianas. Acho a coincidência engraçada.
Sou aquariana, ascendente em balança e vénus em carneiro. Não faço a mínima ideia em que é que isto influencia o meu ser.
Detesto insolência, arrogância e pedantismo.
Sou discreta.
Sonho com viagens aos Açores, fiordes, Américas, Canadá e Nova Zelândia.
Adoraria ter sido actriz.
Ganhasse o euromilhões e investia na criação de um cineclube e centro de artes.
Acho extremamente sedutor um homem que gingue bem e que escreva bem.
Alegro-me com a felicidade dos outros, principalmente  a dos amigos.
Entristeço-me com as tristezas dos outros, principalmente a dos amigos.
Eu e as decisões temos uma relação de amor/medo.
Adoro fotografia e fotografar.
Adoro comprar livros mesmo sabendo que não os vou ler imediatamente. Sou compradora compulsiva e o meu bolso ressente-se muito.
Não aprecio prendas impessoais. Gosto de as oferecer pensadas e sentidas e ver/imaginar a reação quando as abrem. E gosto de as receber pensadas e sentidas.
Gosto de tocar, de abraçar , estrafegar, ainda que não o faça regularmente.
Adoro andar às cavalitas.
Sou lamechas.
Não é-me uma palavra difícil de dizer e "fazer".
Melindro facilmente.
Sou reactiva.
E sou, e sou e sou...