sábado, 28 de dezembro de 2013

Somos nada.

Somos nada.
Somos muito, muitas vezes tudo para alguém. No entanto, somos nada.
Num instante, naquele segundo, a vida vai-se. E não sabemos as razões do arbítrio da vida. Ou será da morte?
Decidimos alguma coisa? Não decidimos rigorosamente nada?
Somos nada.
Não entendo a razão das mortes que parecem fora de contexto.
Quem prefere abdicar da vida tem as suas razões, serão sempre corajosos para mim.
Mas e os que ainda amam a vida? Porque morrem inexplicavelmente?
Que significado para o universo (?)  tiveram as pessoas que morreram de repente, sem razão aparente? Que foram assassinadas? Que sofreram acidentes mortais? Que morreram em situações completamente estúpidas? Que morreram de fome? Que morreram por falta de cuidados de saúde? Que morreram por negligência médica? Que morreram por uma doença vinda do nada e que não queriam?
Para que nascem se vão ter uma morte sem aparente significado? Como se a vida deles não fosse suficientemente válida para ficar cá mais uns anos...
Porque morrem os bons? E porque vivem tanto tempo pessoas completamente dispensáveis?
Ceifam-se vidas que sorriem para a Vida e que fazem tanta falta por cá.
Não quero mais estrelas no céu, já bastam as que lhe pertencem naturalmente.
Quero as estrelas na terra, as que nos dão ânimo para acreditar num mundo melhor, as que nos dão alento para vencer batalhas sem fim numa guerra que desde o nascimento está perdida.
Somos nada.
E talvez seja por isso mesmo que devamos fazer algo bom e válido por nós e pelos outros enquanto por cá andamos.

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