Há uns dias li algo que me parou. E como tudo o que me faz parar, fiquei a pensar no que tinha lido.
Ao interiorizá-lo senti uma tristeza imensa. Porque eu já tinha sentido aquilo, e em poucas palavras tudo se resumiu de uma maneira tristemente bela.
"Na alma ninguém manda...
Ela simplesmente fica onde se encanta..."
Sil Guidorizzi
Ela simplesmente fica onde se encanta..."
Sil Guidorizzi
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Teixeira de Andrade
heart emoticon
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Não adianta o esforço em agradar a alguém se a esse alguém o teu esforço pouco significar.
A importância que se dá ao gesto, atitude, carinho, o que seja, poderá nunca ser apreciado como o desejas. Se tem de ser na mesma proporção? Não. Mas tem de ter alguma. Se não a há, um vazio e um desalento crescente surgem porque sentes que o que fazes que importante é para ti pouco significa para outros. E aí vês o teu lugar.
Se é o curso da vida? Sim. Se também o fazemos a outros que significam pouco para nós? Sim. Se as pessoas têm o direito de escolher com querem estar, agradar, cativar, confidenciar? Absolutamente.
Mas não deixa de ser profundamente triste o curso da vida. O que as pessoas fazem para cativar, agradar porque desejam significar e depois o que deixam de fazer porque deixou de interessar.
E neste intervalo há todo um mundo de intenções, atitudes, gestos, palavras, expectativas que caracterizam um relacionamento. E está no avaliar disto tudo a opção de o manter ou não. De desistir ou não. Para quê impor a nossa presença por muito que a queiramos manter? Para quê a insistência num gesto se não há um retorno mínimo expectável que se cumpra? Para quê insistir num contacto que a outra pessoa não mostra cuidado em preservar? Se a nossa ausência e/ou presença pouco marca a vida de outro?
Talvez corajosos sejam aqueles que partem por tristemente se aperceberem que nada acrescentam, por muito que desejem ficar.
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