domingo, 10 de novembro de 2013

Há lugares que nos chamam

Há lugares que me chamam.
Sempre que posso respondo ao chamamento. Quando lá chego encanto-me.
Depois, sei que é um lugar bom para mim porque me tranquiliza, me pacifica, me faz feliz.
E contrariamente ao conselho dado na belíssima música do Rui Veloso "As Regras da Sensatez" tento voltar sempre ao lugares onde vou sendo feliz.
É uma espécie de moid, o meu assinalado pelos lugares onde me inspiro.
Já estão marcados:

Braga, mais precisamente Vila de Prado. Aqui o tempo para e venho de energias recarregadas. Porque (não é só do sítio, não) tenho aqui uma das minhas mais belas amizades. Uma amizade supostamente improvável por ter começado virtualmente. Aqui vive uma amiga minha fada porque em tudo o que toca encanta, todo o problema que existe, se não deixa de existir, a sua preocupação diminui. Neste local há uma fonte mágica que em vez de água brota força interior.

Lisboa. Vivo em Aveiro, numa cidade que dizem ser das melhores do país em qualidade de vida. Mas Lisboa é que me preenche. No meio de todo o caos das filas, do rebuliço das pessoas, do movimento incessante, tenho o frenesim das artes, do teatro e de tantas mais coisas que me fazem sentir viva.
O meu coração bombeia muito mais em Lisboa, mas também daqui sai escoado. Sofro sempre na chegada e na partida.

Costa Nova. São as dunas, o mar, a areia, a tranquilidade, o fechar os olhos e deixar-me ir nas ondas...

Dornes. Aqui está um sítio mágico. Um pequena localidade incrustada no concelho de Ferreira do Zêzere com cerca de 600 habitantes. Acho que vi uns 6 habitantes, no máximo. Mal se via vivalma por ali. Nem o café local aberto. O seu casario é incaracterístico. Não é uma vila bonita como uma aldeia de xisto portuguesa. É encimada por uma torre pentagonal e a igreja Nossa Senhora do Pranto. É a sua história e localização que a tornam tão especial. Situa-se numa península à beira-Zêzere e está-se perante uma paisagem deslumbrante de água e verde. Apetece ficar ali sem horas marcadas a olhar, olhar, olhar, respirar fundo, olhar, olhar e olhar. Os seus habitantes só podem ser pessoas felizes.
Este sábado era ali que tinha de estar e compreendi porquê. É um retiro maravilhoso.
Em dias de sol, o vilarejo deverá ser banhado por uma luz incrível que só poderá elevar o potencial energético daquelas águas e daquele verde sem fim.
Será com certeza embelezado pelo romantismo das chuvas quando as nuvens zangadas e chorosas se apoderam dos céu.
O nevoeiro dar-lhe-á uma aura de mistério sem fim, como se fosse um sítio imaginado.
Ah, e os trovejos..., esses, serão pretexto agradável para um colo cúmplice.



















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